Livros
Psicologia Transpessoal: integrando ciência, arte e espiritualidade
Organização
Milena Nardini Bubols
Anaí Zubik Camargo de Souza
Expressando o trabalho desenvolvido pelo Comitê de Psicologia Transpessoal da Sociedade de Psicologia do Rio Grande do Sul, este livro inclui cumplicidades/colaborações de diversos autores que contribuíram para o Projeto Estação Psi: ciência, arte e espiritualidade. Este projeto trata-se de um ciclo de palestras mensais sobre o tema que vêm ocorrendo há, aproximadamente, oito anos em diversas livrarias de Porto Alegre/RS e, durante a pandemia, de modo online. Mobilizados pela temática, autores expressaram suas contribuições em dez capítulos - quatro sobre Ciência, dois sobre Arte e mais quatro sobre Espiritualidade.
A criação do Comitê de Psicologia Transpessoal pela Sociedade de Psicologia do Rio Grande do Sul, em 2012, denota um pioneirismo e representa um avanço para a área, pois se trata da inserção de um grupo representativo dessa abordagem em um órgão oficial da Psicologia pela primeira vez no Brasil. Na apresentação deste livro apresentamos um pouco desta história.
Gerações
Haydee Faimberg
A busca dessas perguntas, efetuada em contextos diferentes, constitui a trama de uma reflexão original desenvolvida desde o primeiro capítulo, escrito em 1976, até a atualidade, o que confere esta seleção de artigos a estrutura de um verdadeiro livro.Quem tem razão? O analista quando interpreta ou o paciente com o que escuta da interpretação? A partir desse dilema narcisista revelado no mal entendido da sessão , a autora estuda a solução narcisista dos conflitos edípicos, a transmissão entre gerações , a (re)constituição de verdades históricas e a presença psíquica do analista, assim como a posição contratransferencial.
A diferenciação teórica entre relação de objeto e a presença de um outro na constituição psíquica do paciente , agregada a uma concepção original dos mecanismos de intrusão e apropriação para explicar as identificações inconscientes alienantes, abre a vida para conceitualizar a “dimensão narcisista da configuração edípica” e uma de suas formas, a “telescopagem de gerações”. A autora utiliza uma concepção dialética da temporalidade inconsciente na função de “escuta da escuta”.
Irrepresentável
César e Sara Botella
Qual psicanálise para o século XXI? A psicanálise apoiou-se até agora numa teoria da representação. Desse ponto de vista, do que ela podia contribuir, ela já deu praticamente tudo. O novo desafio da teoria analítica parece ser agorao do estudo de um além da representação, o de um melhor conhecimento de alucinatório e dos processos irreversíveis.
No nível da prática, rapidamente compreendemos que, para ter acesso a esse universo, o único meio possível estava na capacidade do analista de abandonar em alguns momentos o universo da representação. Graças a uma regressão formal do pensamento, num apagamento do representacional, o psiquismo do analista abre-se ao alucinatório e atinge, assim, zonas do psiquismo do analisando inatingíveis de outro modo: a dos traumas que não puderam ser representados.
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