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Totem e Tabu, uma introdução

Texto que, a princípio, poderia ser destinado aos antropólogos, mostrou-se vital a teoria psicanalítica. E para Freud, foi uma tentativa de explicar a psicologia dos povos. Temática atual e necessária para pensarmos a civilização contemporânea. O fundamental deste texto, é que ele está alicerçado na investigação do comportamento e desenvolvimento do homem, bem como em sua evolução individual, coletiva e social.

Nesse sentido, Freud nos apresenta as origens da natureza humana, onde a agressividade, a moral e a religião estão inseridos em um mesmo processo, o civilizatório. Deste modo, podemos ter as bases para compreender as origens da construção da cultura do homem, desde quando este ainda era primitivo. Nos quatro textos que compõem Totem e Tabu, se funda a ordem paterna, que vem para interditar aquilo que era da ordem do pulsional, do sexual, por meio da contenção individual e pelas regras e normas grupais.

Dentre as interdições, Freud refere que o principal interdito era a proibição do incesto, e a partir desta concepção, ele vai desenrolando a teoria do complexo de Édipo, com toda a sua complexidade. A natureza da ambivalência, da consciência de culpa, bem como a moral religiosa, são embasados neste texto. Apontando a importância de seu estudo, como meio de pensar a psicanálise atualmente.